sábado, 9 de abril de 2016

Síndrome dos Ovários Micropolicísticos

Com o desenvolvimento de novas pesquisas e a consequente evolução do conhecimento, tornou-se evidente que o ovário exerce papel central para a maioria das mulheres em idade fértil. A Síndrome dos Ovários Micropolicísticos (SOMP) é uma das doenças endócrinas mais prevalentes, afetando cerca de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva.

A SOMP é caracterizada por irregularidade menstrual (oligomenorréia) e hiperandrogenismo (aumento da produção de hormônio masculino), cujos sinais clínicos são acne e pelos no corpo. Muitas mulheres com esta síndrome não ovulam regularmente, por isso é considerada uma das causas mais comuns de infertilidade por fator anovulatório, com uma taxa/mês de 5% para gravidez natural.

Pacientes com SOMP devem ser bem avaliados, pois apresentam uma tendência para resistência à insulina. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por colocar glicose dentro das células que necessitam de energia. A resistência à insulina é uma doença de provável origem genética, em que os níveis de insulina são insuficientes para uma resposta normal à insulina nas células. Sua importância está no fato de que se relaciona ao desenvolvimento de diabetes mellitus 2, sobrepeso, hipertensão, e doenças cardiovasculares.

Para o diagnóstico da síndrome é necessário, não apenas a presença dos ovários micropolicísticos ao ultrassom, mas também a associação de sinais de hiperandrogenismo e alterações menstruais. Muitas mulheres apresentam os ovários com características micropolicísticas ao ultrassom, porém não têm a síndrome. Neste caso, o ideal é procurar um ginecologista para confirmação diagnóstica.

O tratamento depende dos sintomas. Costuma-se utilizar anticoncepcionais orais associados a drogas antiandrogênicas e sensibilizadores da insulina para as mulheres que não desejam engravidar. Para as que desejam conceber, o tratamento padrão tem sido a indução da ovulação com o citrato de clomifeno.


Estudos mostram uma taxa de ovulação de até 80%, e apenas 30% de taxa de gravidez, discrepância esta que se deve aos efeitos antiestrogênicos da medicação, com prejuízo da qualidade do endométrio e do muco cervical. Entretanto, a Reprodução Assistida, com a fertilização in vitro, oferece taxas bem maiores para o tratamento de mulheres com anovulação por SOMP, através da introdução de novas drogas, protocolos inovadores e individualizados para cada caso.

Você pode agendar uma consulta pelos telefones: (85) 98623.9498 // 98703.1110

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Obesidade pode causar infertilidade

A obesidade possui um impacto muito grande na saúde, inclusive na fertilidade. Segundo dados do Ministério da Saúde, o excesso de peso atinge 30% das mulheres em idade fértil no Brasil. A relação entre a obesidade feminina e a fertilidade é complexa, e seus efeitos negativos na reprodução humana são amplamente discutidos.

O excesso de peso tem sido associado à infertilidade e à irregularidade menstrual. Mulheres com excesso de peso, mesmo não apresentando a conhecida Síndrome dos Ovários Micropolicisticos, sofrem dos mesmos problemas de anovulação e irregularidades do ciclo menstrual.

O excesso de gordura corporal na mulher pode alterar os níveis de insulina liberados pelo pâncreas, o que leva a um aumento na produção de estrógeno pelos ovários, dificultando a liberação dos óvulos e limitando as chances da mulher engravidar.  Assim, acredita-se que o melhoramento na resistência à insulina atingida com a perda de peso tem mais importância no retorno à ovulação normal.

Entre as consequências da obesidade têm-se: atraso para concepção espontânea, aumento das taxas de abortamentos espontâneos, baixa resposta aos tratamentos para infertilidade, além da maior predisposição a complicações obstétricas. A infertilidade feminina em pacientes com sobrepeso e obesas está relacionada principalmente com a alteração nos esteróides sexuais.

Cerca de 6% dos casos de infertilidade primária em mulheres podem estar associados ao excesso de peso. Destas, mais de 70% podem vir a engravidar espontaneamente se houver redução do peso corporal com a prática de exercícios físicos e dietas apropriadas. As intervenções para redução do peso geralmente constituem o ponto inicial do tratamento. Objetivam melhorar a fertilidade e reduzir o risco de complicações obstétricas, sendo mais efetivas quando introduzidas como abordagem inicial.

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quinta-feira, 31 de março de 2016

Zika, não!

Na busca por alternativas para driblar o vírus da Zika e, consequentemente, a microcefalia nos bebês, nos deparamos com um aumento de mulheres adiando o sonho de ser mãe e recorrendo ao congelamento de óvulos ou embriões. O tratamento consiste na utilização de hormônios para indução da ovulação e, em seguida, a captura dos óvulos para congelamento. A mulher pode congelar o óvulo ou o embrião (óvulo fertilizado).

Temos observado um aumento significativo na procura pelo procedimento em clínicas de reprodução. O descongelamento e a transferência embrionária são feitos no momento ideal. Essa é a maneira mais segura e ideal para preservação da fertilidade neste momento de indefinição, principalmente para mulheres com idade acima dos 35 anos ou as que por algum outro motivo já pensavam em postergar a gravidez.

SAIBA MAIS:
O Zika é um vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015, segundo o Ministério da Saúde. Outras possíveis fontes de transmissão ainda precisam ser melhor estudadas. Apesar de cerca de 80% das pessoas infectadas serem assintomáticas, a principal preocupação do Zika é a infecção de grávidas, uma vez que tem sido associada à microcefalia nos bebês, que é uma malformação congênita, em que o cérebro dos bebês não se desenvolve. Cerca de 90% das microcefalias estão associadas, principalmente, a retardo mental, com o tipo e gravidade variando de acordo com cada caso.

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

INFERTILIDADE FEMININA


Aceitar a infertilidade e seguir em frente pode parecer uma atitude muito corajosa. Ter um filho, para a maioria dos casais, significa a única maneira de formar uma família. A maioria das mulheres crescem com a idéia de ser mãe. Desde criança brincam com bonecas e bebês, e se preparam para o grande dia. Às vezes, um dia que nunca chega.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

CHLAMYDIA E INFERTILIDADE



A doença sexualmente transmissível de maior prevalência no mundo é causada pela bactéria Chlamydia Trachomatis, que afeta os órgãos genitais femininos e masculinos. Inúmeros relatos têm sido feitos a respeito do impacto negativo da Chlamydia sobre as taxas de gravidez. A Chlamydia causa aproximadamente 4 a 5 milhões de infecções por ano nos EUA, com prevalência de infecção maior para as mulheres sexualmente ativas, com idade entre 15 a 21anos, continuando a ser infectadas até cerca de 30 anos de idade.